No dia 4 de maio, a coordenadora geral do curso de Letras, Roseli Gimenes, realizou on-line, por meio do aplicativo Zoom, a palestra Pulsão de vida: O milagre na cela 7. O evento ocorreu como parte do Projeto Cultura em Foco, promovido pelo Instituo Legus, que tem como proposta criar grupos de debates e estudos de obras culturais, como livros, filmes, pinturas e outras manifestações de arte, com um olhar psicanalítico.

A discussão teve como base o filme turco O milagre na cela 7 (2019), de Mehmet Ada Öztekin, abordando o contexto histórico da Turquia na década de 1980, a questão da pena de morte (cuja última execução ocorreu em 1984, sendo abolida apenas em 2004), o terceiro Golpe de Estado no país e o sistema prisional. Além dos aspectos históricos, políticos e sociais, o filme apresenta uma visão crítica em relação aos problemas do protagonista Memo (Aras Bulut Iynemli), um pai solteiro com deficiência intelectual que acaba servindo de chacota à comunidade e, injustamente, é condenado à pena de morte.

Segundo Roseli Gimenes, “a película vem causando comoção nos espectadores e encanta por mostrar muitas metáforas e apresentar ao mundo uma visão idílica entre pai e filha, que se complementa pelo código que ambos mantêm em sua comunicação: Lingo, lingo şişeler, uma referência a uma canção folclórica da Turquia. Apesar de todos os percalços por que passa Memo, a vida assume a importância que merece: a liberdade e o amor.”

Participaram ainda do debate a psicóloga e presidente do Instituto Legus, Regiane Strobilius, acompanhada da diretora administrativa Adriana Almeida Prado, da psicóloga Daniela Gonzalez Pena e da pedagoga e consultora em Educação Inclusiva, Antonia Maria Nakayama.

O evento contou com a presença virtual de alunos do curso de Letras da UNIP, período matutino, dos campi Brasília, Marquês, Goiânia, Santos, Vergueiro, Campinas e do EaD, bem como de estudantes do curso de Psicologia, período matutino, do campus Alphaville. Devido à grande procura e ao limite de usuários on-line no aplicativo, muitos interessados não puderam participar do debate, motivo pelo qual o Instituto Legus prometeu reapresentá-lo em breve.

Em tempos de pandemia, o isolamento social é necessário, mas também pode trazer dificuldades emocionais. Pensando nisso, o Instituto Legus, que conta com equipe interdisciplinar referência no restabelecimento do equilíbrio psíquico, físico e emocional, criou o Plantão Psicologia Solidária.

“São dois encontros gratuitos de orientação, com duração de até 30 minutos cada, através de chamada de vídeo pelo WhatsApp”, informa a psicóloga Regiane Strobilius, presidente do Instituto Legus.

Regiane, que já foi compôs o Fundo Social de Solidariedade de Barueri, explica que quem estiver em situação de urgência, com dificuldade emocional, pode entrar em contato pelo telefone (11) 97956-6712 e marcar um horário. “Aqui você terá um acolhimento, uma escuta atenta com profissionais capacitados para te apoiar no que for preciso”, afirma.

A presidente do Fundo Social de Barueri, Sônia Furlan, elogiou a iniciativa e ressaltou a importância da saúde mental. “A pandemia do coronavírus tem trazido muita dificuldade para todo o mundo, mas também tem revelado o espírito solidário da sociedade, como nesta atitude exemplar do Instituto Legus. Estar atento ao lado emocional é muito importante e devemos nos ajudar uns aos outros”, ressaltou.

Plantão Psicologia Solidária
Instituto Legus
Contato: (11) 97956-6712
Gratuito

No dia 9 de maio, das 15h às 17h, a coordenadora do curso de Letras, Roseli Gimenes, participou da live “As mães são todas iguais?”, transmitida pelo canal do Instituto Legus no YouTube. O evento contou com três debatedoras e mediação da pedagoga e consultora em Educação Inclusiva do Instituto Legus, Antonia Maria Nakayama.

Roseli Gimenes falou sobre Maternagem e diversidade, abordando o feminino na obra Tudo sobre minha mãe (1999), do cineasta espanhol Pedro Almodóvar. A psicóloga Vera Resende (Unesp) trabalhou o tema Tipos de mãe: elas são mesmo iguais?, apontando que cada mulher tem seu estilo próprio para exercer a maternidade. E Valéria Braunstein (Unifesp), por sua vez, tratou do tema Diversidade na construção e nas configurações familiares, mostrando como a diversidade está presente em sua própria família e naquelas que atende em seu consultório.

Com a mediação de Antonia Maria Nakayama, as debatedoras comentaram temas propostos pelos participantes do chat ao longo das apresentações. Coordenadores, professores e alunos dos cursos de Letras, Pedagogia e Psicologia da UNIP participaram do evento, que contou ainda com a presença da diretora do Instituto de Ciências Sociais e Comunicação, Marisa Regina Paixão.

Em tempos de pandemia, o isolamento social é necessário, mas também pode trazer dificuldades emocionais. Pensando nisso, o Instituto Legus, que conta com equipe interdisciplinar referência no restabelecimento do equilíbrio psíquico, físico e emocional, criou o Plantão Psicologia Solidária.

“São dois encontros gratuitos de orientação, com duração de até 30 minutos cada, através de chamada de vídeo pelo WhatsApp”, informa a psicóloga Regiane Strobilius, presidente do Instituto Legus.

Regiane, que já foi compôs o Fundo Social de Solidariedade de Barueri, explica que quem estiver em situação de urgência, com dificuldade emocional, pode entrar em contato pelo telefone (11) 97956-6712 e marcar um horário. “Aqui você terá um acolhimento, uma escuta atenta com profissionais capacitados para te apoiar no que for preciso”, afirma.

A presidente do Fundo Social de Barueri, Sônia Furlan, elogiou a iniciativa e ressaltou a importância da saúde mental. “A pandemia do coronavírus tem trazido muita dificuldade para todo o mundo, mas também tem revelado o espírito solidário da sociedade, como nesta atitude exemplar do Instituto Legus. Estar atento ao lado emocional é muito importante e devemos nos ajudar uns aos outros”, ressaltou.

Com a quarentena e o isolamento social decorrentes da pandemia da COVID-19, as transmissões ao vivo na internet ganharam um novo status como forma de comunicação. Nesse momento delicado pelo qual o mundo passa, as pessoas procuram novos meios para vivenciar alguma experiência de contato e de troca de conhecimentos, seja com artistas, especialistas, professores e amigos. Com isso, as lives se tornaram um fenômeno que ganhou força e impulsionou o consumo de um formato de transmissão até então usado apenas em situações especiais.

Para abordar esse assunto, no dia 18 de junho, em seu canal do Instagram, a UNIP promoveu o debate A importância das lives em tempos de pandemia: isolamento e comunicação, com sua coordenadora geral do curso de Letras, Roseli Gimenes, e intermediação da jornalista Malu Mota.

Roseli Gimenes é licenciada e bacharel em Letras, pós-doutora em Comunicação e Semiótica, doutora em Tecnologias da Inteligência e Design Digital e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Atualmente, coordena o Projeto Cultura em Foco do Instituto Legus, pelo qual tem realizado diversas lives sobre temas como cinema, literatura, psicanálise, entre outros.

Para a coordenadora, uma live, no sentido maior da expressão, de transmissão ao vivo no contexto digital, ocorre quando ela amplia o conceito mais primitivo do que é a comunicação, ou seja, quando ela alcança e estabelece contato com um grande público. Assim, acadêmica e culturalmente falando, as lives possibilitam um acesso mais amplo e facilitador a discussões do que a participação presencial em eventos.

Nesse sentido, Roseli Gimenes destacou alguns eventos promovidos on-line e ao vivo pela UNIP que ilustram essa possibilidade de reunir um público grande e diverso para a troca de conhecimentos, com destaque para o Sarau Literomusical Virtual do campus Chácara Santo Antônio.

O Instituto, a fim de proporcionar bem-estar à comunidade, oferece Plantão Psicológico online e gratuito, uma modalidade de atendimento psicológico de tipo emergencial que tem como principal objetivo a escuta e o acolhimento diante do estado de isolamento devido à pandemia COVID 19, entendendo seus recursos e possibilidades, ajudando você e seus familiares a lidarem com o momento de crise pelo qual estamos passando.

O instituto, localizado dentro do Centro Comercial, no Alphaville, o atendimento é feito pelo WhatsApp (11) 97956-6712 e é preciso marcar horário.

Instituto Legus: https://www.institutolegus.com.br/

A coordenadora geral do curso de Letras da UNIP, Roseli Gimenes, e a coordenadora de Letras do EaD, Cielo G. Festino, participaram, no dia 3 de agosto, do debate on-line intitulado Gandhi: a verdade em foco. O evento foi transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do Instituto Legus.

Durante a live, as debatedoras discutiram sobre dois conceitos praticados por Mahatma Gandhi: satya, a verdade, e ahimsa, a não violência. A construção de um ideal de amor, a estrutura da vida e da política na Índia, em sua luta pela libertação da condição de colônia britânica, e a liderança de Gandhi, junto com Jawaharlal Nehru, primeiro primeiro-ministro do país, e seu desejo de unificação de todos os indianos, foram outros assuntos abordados.

O filme Gandhi (1982), de Richard Attenborough, também foi debatido, com uma análise da obra mesclada à leitura biográfico-política de Gandhi e da Índia.

O debate contou com a presença da diretora do Instituto de Ciências Sociais e Comunicação (ICSC) da UNIP, Marisa Regina Paixão, dos coordenadores, professores e alunos do curso de Letras presencial e EaD, dos alunos e professores dos cursos de Psicologia e Pedagogia, dos integrantes do Instituto Legus e convidados.

No dia 24 de outubro, das 9 às 18h, ocorreu o Primeiro Simpósio Educacional – Encontro de Letras, que teve como tema Leitura e Inclusão em Ambiente Digital. Transmitido pelo canal do Instituto Legus no YouTube, o evento foi organizado pela coordenadora geral do curso de Letras da UNIP, professora Roseli Gimenes, e pela vice-diretora do Núcleo de Ensino, Pesquisas e Estudos – NEPEL, do Instituto Legus, professora Antonia Maria Nakayama.

As apresentações seguiram três subtemas: Leitura e compartilhamento, Leitura e ludicidade e A leitura em meio digital. Conduzidas por introduções de Nakayama, envolvendo textos de Paulo Freire, as discussões iniciaram-se com a apresentação do projeto de leitura Primeira Página, do professor Adílson Silva Oliveira, do curso de Letras. Resenhas literárias no Instagram foi o tema de investigação feita pela professora Solange Gervai, também do curso de Letras, seguida por considerações sobre leitura e emoções com a professora Lisienne Navarro, do curso de Pedagogia. Com relação à ludicidade, os convidados Edson Cupertino, professor da Prefeitura Municipal de São Paulo, e Túlio Andrade, psicólogo do Grupo D-20, abordaram estratégias de leitura a partir dos jogos de RPG.

Na sequência, Letícia Reina, gestora pedagógica da Árvore Educação, expôs o projeto de leitura da empresa e um modelo de gameficação. As professoras da EMEF Edson Luís Lima, de Campinas, Ana Flávia Buscariolo e Patrícia Trombini, exibiram a prática do ensino remoto no período de pandemia, usando recursos baseados na teoria do pedagogo Célestin Freinet. E Débora Noemi Inouye, da Happy Code, trouxe as experiências da empresa em alfabetização e letramento digitais.

Roseli Gimenes apresentou uma das metodologias ativas de aprendizagem, a sala de aula invertida, para leitura da obra O cortiço, de Aluísio de Azevedo. O professor Adílson encerrou a programação falando sobre Leitura do início ao fim, uma síntese do simpósio.

Alunos, professores e coordenadores dos cursos de Letras, Psicologia e Pedagogia, entre outros, além de integrantes e convidados do Instituto Legus, acompanharam o evento.

Reforçar o processo de aprendizagem como uma troca; entender o aluno não como um sujeito vazio, mas como alguém que tem uma história de vida e leitura de mundo; e valorizar o não saber. Essa é a proposta do livro “Paixão da ignorância: a escuta entre a psicanálise e educação”, assinado pelo professor titular do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) e psicanalista Christian Dunker.

O título da obra é uma provocação e não se refere à ignorância como ausência de educação ou incultura, mas sim à paixão da ignorância enquanto pesquisa.“Com o passar do tempo, começou a surgir uma relação mais produtiva entre psicanálise e educação, que diz respeito justamente a, como existe na psicanálise, um cultivo da sua relação com o não saber, com a ignorância”, afirma o professor, entrevistado neste podcast.

A publicação é a primeira da coleção “Educação e Psicanálise”, que surge com o objetivo de publicar volumes inéditos, traduções e reedições de textos, no âmbito das relações entre esses dois campos do saber. A série tem coordenação da educadora Ana Cristina Dunker e do próprio Dunker.

“A obra traz uma conversa da atitude de Paulo Freire, que era um grande respeitador da potência da ignorância, com a teoria do psicanalista francês Lacan sobre como a gente entra no universo da linguagem, adquire a fala, passa para a escrita, como isso está atravessado com movimentos e contra-movimentos e na nossa relação com o outro.”

No áudio, você acompanha também um exemplo prático, apresentado pela educadora Ana Cristina, de como a psicanálise pode ser útil na construção de uma escola democrática, ao estabelecer a escuta e o reconhecimento de todos que fazem parte daquela comunidade em que a aprendizagem acontece.

No dia 2 de novembro, a coordenadora geral do curso de Letras da Universidade Paulista – UNIP, professora Roseli Gimenes, e o professor do curso de Pedagogia da Instituição e do Colégio Objetivo, Edílson Cândido da Silva, participaram de um debate ao vivo no canal do YouTube do Instituto Lego sobre o tema The Walking Dead: o infamiliar e o adolescente.

Partindo do termo infamiliar, traduzido também como o estranho, de Sigmund Freud, Roseli Gimenes apontou como os filmes e séries de terror (e de pós-terror) são os preferidos dos adolescentes devido ao rito de passagem da adolescência à fase adulta. Em tempos de pandemia da COVID-19, as relações familiares acentuaram-se e, ao mesmo tempo, provocaram esse infamiliar, essa sensação de que os lares foram se transformando em relações conflituosas. Nesse sentido também, o professor Edílson Cândido mostrou o conflito que há nessa procura de um certo alívio para a ansiedade nas obras que trabalham o suspense, em particular nas séries televisivas.

A série The Walking Dead já completou uma década e retrata as questões de disputas para combater os mortos-vivos num mundo pós-apocalipse. Sua 11ª temporada trará como título World Beyond e os protagonistas serão os adolescentes, a primeira geração a crescer praticamente sem lembranças de como era viver em um mundo sem zumbis.

O debate foi acompanhado pela diretora do Instituto de Ciências Sociais e Comunicação, Marisa Regina Paixão, e pelos coordenadores, professores e alunos dos cursos de Letras, Pedagogia e Psicologia da UNIP, além de estudantes do Colégio Objetivo, integrantes do Instituto Legus e convidados.

Princípios norteadores do projeto: estudo e debate de obras culturais como livros, filmes, pinturas, entre outras manifestações artísticas, escolhidas pela coordenadora assim como pelos participantes.

Metodologia: todas as escolhas das obras têm base na cultura assim como no olhar psicanalítico. Como diria Oscar Cesarotto, obras que evocam ‘sintomas da cultura’, ensejam uma ‘semiótica (linguagem) psicanalítica’ de cunho lacaniana o que não exclui possibilidades outras (teóricas) de leitura desde que pertinentes ao objeto de estudo.

Segundo Cesarotto, em entrevista para a Revista Flutuante da PUCSP, “A clínica da cultura faz os diagnósticos, por imagens & palavras, das ideologias da época. São considerados sinto¬mas as contradições da sociedade, seus impasses & soluções de compromisso, cujas manifestações & latências podem ser descritas, analisadas & interpretadas ao pé da letra. A espetacularização do mundo contemporâneo, por meio da proliferação das tecnologias da comunicação, discrepa com a realidade globalizada deixando muito a desejar, considerando as insuficiências do sistema capitalista para concretizar tudo o que promete.”

Assim é que o interesse no debate sobre a cultura busca compreender os impasses do contemporâneo. De que modo é possível por meio de uma obra artística entrar no universo da subjetividade e tecer considerações sobre as questões que o mundo nos apresenta.

Objetivos do projeto: formação cultural que contribua para uma leitura psíquica; proporcionar uma atividade prazerosa em busca do conhecimento de mundo, melhorar a qualidade de vida que se pode encontrar em obras culturais, buscar no ‘outro cultural’ perguntas sobre nossa subjetividade.

A pulsão de vida em O milagre na cela 7

Durante mais de vinte anos, a Turquia viveu sob o peso do regime militar e da pena de morte mostrando o quão vis as pessoas podem ser. No entanto, mesmo em prisões em que a forte corrupção impera, é possível dar-se conta da amabilidade, das doenças da alma que atacam prisioneiros que, imbuídos de fervor religioso, olham à volta com a cor do acolhimento. Se tudo conflui para a tragédia, há um buraco na parede a dizer muito mais do que um simples orifício. Há uma pulsão de vida que se instaura para buscar a justiça humana que restituirá uma relação fraternal de um pai com deficiência intelectual e sua idealista filha. Entre o medo e a covardia, entre a brutalidade e o amor, entre a sabedoria e as incertezas, entre a violência da grande cidade e a beleza de um vilarejo, a vida vence. A humanidade vence: “Lingo, lingo. Siseler.”

Em Édipo Rei, Sófocles em 400 a.C aproximadamente teceu uma das mais interessantes tragédias gregas, uma das grandes obras da humanidade. Por ela se interessaram muitos autores, mas Freud sem dúvida mergulhou na obra e dela esquematizou o Complexo de Édipo. Há toda uma etimologia a decifrar o termo édipo, o dos pés atados. A ideia de estar com pés amarrados chegou a nós pelos nós do indecifrável destino.

Assim, a fada também está interligada ao mesmo termo na conotação que se pode obter de ser ela o enigma do destino. Ou caberia a ela as amarrações do destino.

Se Édipo precisou decifrar o enigma da Medusa para entrar em Tebas, tornar-se rei e desposar a rainha Jocasta, também se ligou para sempre à esfinge para encontrar uma terrível jornada.

Nesse mesmo caminho, encontramos as Moiras irmãs responsáveis por dissolver o fio da vida de seus caminhantes que buscam descobrir a verdade. Eis que a verdade ou o destino pode ser fatal.

Assim é que nem sempre o dito senso comum acerta a dizer que contos de fada levam a final feliz. Feliz poderá ser o percurso na busca da felicidade. Enfrentar dragões, manter couraça para resistir às intempéries é o que nos impele a chegar. Aonde? Essa é a inesperada de todas as perguntas.

Os contos de fada, apesar de suas antigas raízes, insistem em se perpetuar em nossa sociedade pós-moderna por meio das mais variadas produções culturais, para públicos diversos. É instigante constatar que a luta entre o Bem e o Mal; a magia e o encantamento, a trajetória turbulenta do herói, assim como a força do destino, que encaminha o enredo, permanecem vibrantes e atuais no imaginário de nossa sociedade. Nesse sentido, propomos uma breve reflexão sobre os contos de fada, suas raízes mitológicas e seus frutos contemporâneos, com destaque para a obra de Hans Christian Andersen.

Referências:
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1978.
COELHO, Nelly Novaes. O conto de fadas: símbolos, mitos, arquétipos. São Paulo: Paulinas, 2012.
FREUD, S. A dissolução do complexo de Édipo. In S. Freud, Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud.Rio de Janeiro: Imago, 1996 (1924).
VALENZUELA, Sandra Trabucco. Once Upon A Time: da literatura para a série de TV. São Paulo: Chiado editora, 2016.
VOLOBUEF, Karin (org). Mito e magia. São Paulo: Unesp, 2011.

Debatedoras:

Lígia Menna é doutora em Letras na área de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP). Mestrado na mesma área. Pós-doutorado em andamento, sob supervisão da professora Maria Zilda da Cunha, sob o título “Releituras do maravilhoso: A Rainha da Neve, de Hans Christian Andersen, suas figurações e múltiplos diálogos." É docente e coordenadora auxiliar do Curso de Letras da Universidade Paulista (UNIP). A carnavalização na literatura Infantil (Giostri, 2017) e A literatura infantil além do livro (Bonecker, 2019). Participa dos seguintes Grupos de Pesquisa (CNPQ/CAPES): “Encontros interculturais na EAD: Narrativas de Vida dos diferentes brasis”, à frente da linha de pesquisa Diferentes gêneros autobiográficos: sua relevância histórica, social e literária (UNIP Interativa) e “Produções literárias e culturais para crianças e jovens” (FFLCH/USP), na linha de pesquisa “Literaturas e outras formas de saber.” Lattes: http://lattes.cnpq.br/6923282866494290

Roseli Gimenes é licenciada e bacharel em Letras. Doutora em Tecnologias da inteligência e design digital e pós doutora em Comunicação e Semiótica, todos pela PUC SP. É coordenadora geral do curso de Letras da Universidade Paulista-UNIP. Líder do grupo de pesquisa Encontros interculturais na EAD: Narrativas de vida dos diferentes brasis, vinculado à UNIP e CNPQ. Coordenadora do Projeto Cultura em Foco do Instituto Legus. Publicou vários artigos e livros sobre cinema, inteligência artificial, literatura e psicanálise. Lattes: http://lattes.cnpq.br/4055812149930289

Um preconceito infiltrado indelevelmente parece apontar ao descaso da psicanálise em relação às ciências sociais. Ocorre que se sabe que a psicanálise é também uma ciência cujo “objeto” também é o sujeito humano, um sujeito social.

Nesse sentido, a discussão trata do filme Parasitas (2019) do sul-coreano Bong Joon-ho e as relações psicossociais que se apresentam na obra e que também apontam para os sintomas da cultura pós-moderna do século XXI. Um desses sintomas esbarra no desafio político a respeito da civilização, da falta de trabalho, da falta de justiça social.

A pergunta que se pode fazer é por que um país considerado uma das maiores economias do mundo apresenta tamanha desigualdade social? Por que parasitas infestam a sociedade? Estaria exata a reflexão que Machado de Assis propõe em sua dedicatória na obra Memórias Póstumas de Brás Cubas (ASSIS,s/d,p7): “Ao verme que roeu as frias carnes do meu cadáver dedico com saudosa lembrança estas Memórias Póstumas”?

“Quem é parasita de quem?”

Para reflexões sobre o filme, as obras:
Freud, S. Mal-estar na civilização. In Edição Standard Brasileira das Obras Completas de S. Freud, V.21. Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1930). 1972.
HARARI, Yuval Noah.21 lições para o século 21. São Paulo:Companhia das Letras.2018.

Meu corpo, minhas regras! Frida – Do sofrimento ao empoderamento!

Décadas após a sua morte, Frida Kahlo tornou-se ícone do feminismo e do empoderamento das mulheres. Seu caráter autobiográfico a identifica com as lutas do feminismo contemporâneo, em busca de protagonismo às mulheres. Sua imagem traduziu-se em símbolo do feminismo, da luta pela liberdade, de resistência, de engajamento político-socialista, de manifestações e de ruptura contra a opressão ao povo.

Entre as mulheres que historicamente são reconhecidas por sua vida, arte, luta, contribuição e importância, Frida se destaca!

O seu corpo é sua materialidade discursiva e ela vai se subjetivar, se expressar e interferir na linguagem através dele. Desde as suas mais profundas dores à sua mais almejada liberdade.

Para o debate, recomendam-se o filme Frida (2002), de Julie Taymor - disponível Netflix-; as obras/pinturas disponíveis em https://www.culturagenial.com/obras-frida-kahlo/, acesso em 14 de jun 2020 , a leitura de O diário de Frida Kahlo: Um autorretrato íntimo (1996), Freud, S. (1996). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In Edição standard das obras completas de Sigmund Freud (Vol. 7). Rio de Janeiro: Imago. Original publicado em 1905; Lacan, J. (1998). O estádio do espelho como formador da função do eu. In Escritos. Rio de Janeiro: Zahar. Original em 1966 e PÊCHEUX, Michel. [1975] Semântica e Discurso - uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas: Editora da Unicamp, 2009.

Debatedoras:

Mônica Oliveira Santos é formada em Letras na Universidade Federal da Paraíba, Mestre em Linguística Aplicada (com foco no ensino de língua materna) pela UNICAMP, Doutora em Linguística (com foco na Análise do Discurso e Semântica Discursiva) e faz parte do Grupo de pesquisa Mulheres em Discurso do Instituto de Estudos da Linguagem-UNICAMP, vinculado ao CNPq. Desenvolve pesquisa na área da análise de discurso francesa e na semântica discursiva, atualmente com foco nas questões de construção de sentidos em publicidades para e sobre mulheres, mídia e discurso, feminismo. Mônica é ainda professora do curso de Letras da Universidade Paulista-UNIP e coordena o curso de Letras localmente no campus de Campinas.

Roseli Gimenes é licenciada e bacharel em Letras. Doutora em Tecnologias da inteligência e design digital e pós doutora em Comunicação e Semiótica, todos pela PUC SP. É coordenadora geral do curso de Letras da Universidade Paulista-UNIP. Líder do grupo de pesquisa Encontros interculturais na EAD: Narrativas de vida dos diferentes brasis, vinculado à UNIP e CNPQ. Coordenadora do Projeto Cultura em Foco do Instituto Legus. Publicou vários artigos e livros sobre cinema, inteligência artificial, literatura e psicanálise.